Historiadores não estão certos de que ele tenha existido.
Não obstante, são atribuídos à sua lavra os dois maiores poemas épicos da antiga Grécia:
A Ilíada, que exalta as proezas do herói Aquiles, na última etapa da guerra de Tróia.
A Odisséia, que narra as aventuras de Ulisses, rei de Ítaca, marido de Penélope.
Trata-se, como o leitor já percebeu, de Homero, o poeta supostamente cego que teria vivido no século IX a.C.
Em Revista Espírita, novembro de 1860, Allan Kardec reporta-se a uma comunicação mediúnica assinada por Homero.
O poeta se identificou dando informações relacionadas com sua infância em Mélès, razão pela qual era chamado Mélèsigène, fato que Kardec desconhecia e que confirmou depois.
O médium era de poucas letras e não tinha nenhum conhecimento a respeito do autor da mensagem.
São detalhes importantes para autenticar a manifestação.
Kardec indagou se os poemas, como os conhecemos hoje, são fiéis aos originais.
– Foram trabalhados – informou Homero.
Bem de acordo com as pesquisas atuais.
Supõe-se que, originariamente, os dois poemas pertenceram à tradição oral. Isso implicava em alterações freqüentes, não apenas quanto à forma, mas ao próprio conteúdo, na base do velho “quem conta um conto aumenta um ponto”, até que se fixassem os textos definitivos.
Apesar desses senões, a figura de Homero ganha consistência na força daqueles poemas, que se apresentam como vigoroso panorama da cultura helênica.
Destaque-se dois aspectos fundamentais:
Primeiro, a visão antropomórfica.
Os deuses são situados como seres caprichosos que, inspirados em paixões e desejos, interferem freqüentemente nas ações humanas.
A própria guerra de Tróia, que serve de cenário para A Ilíada, teve início por causa de uma disputa entre as deusas Hera, Afrodite e Atena, a saber qual a mais bela.
O príncipe Páris foi chamado a decidir. Escolheu Afrodite, que o seduziu com a promessa de que lhe daria por recompensa a mais bela mulher do mundo.
A deusa não teve nenhum constrangimento em relação a pequeno detalhe: a prometida era casada, esposa de Menelau, rei de Esparta.
Com suas artes Afrodite ajudou Páris a raptar Helena.
Liderando a reação dos gregos, Menelau iniciou a guerra para resgatar a rainha.
O outro aspecto diz respeito à instabilidade de suas personagens lendárias, em contraditório comportamento:
De um lado, ideais de nobreza, inspirando ações heróicas e meritórias.
De outro, fraquezas a se exprimirem em ódios e paixões, capazes de gerar ações torpes e más.
A narrativa de Homero transcende a cultura helênica, reportando-se à própria humanidade, com suas virtudes e mazelas.
Como sempre acontece em relação à cultura grega, temos nos dois poemas épicos uma representação mitológica da realidade.
O Olimpo, monte grego nas proximidades do golfo de Salonica, seria a morada dos deuses.
O mundo espiritual é bem mais amplo.
Projeta-se em outra dimensão, que interpenetra a nossa, colocando-nos em contato permanente com seres espirituais que, à semelhança dos deuses, nos observam, acompanham, inspiram e influenciam.
Somos, não raro, joguetes de Espíritos que, qual o faziam os habitantes do Olimpo, imiscuem-se em nossos pensamentos, ações e iniciativas, exercitando seus caprichos e explorando nossas fraquezas.
Sob sua ação, de acordo com nossas tendências, revelamos indesejável ciclotimia, alternando bons e maus momentos, boas e má ações, pensamentos virtuosos e viciosos, ao sabor das circunstâncias, como as personagens mitológicas.
Mas os próprios deuses sabiam que acima de seus caprichos estava um poder supremo, que chamavam destino, a cujos desígnios não podiam furtar-se.
O destino exprime a vontade de Deus, Senhor da Vida, o pai de amor e misericórdia revelado por Jesus.
O Criador tem objetivos bem definidos a nosso respeito, que vamos conhecendo na medida em que amadurecemos.
Nesse mister, algo já sabemos:
• A Terra – nossa escola.
• A dor – nossa mestra.
• As dificuldades – nossos estímulos.
• Os problemas – nossos desafios.
• O Bem – nosso caminho.
• O mal – nosso desvio.
• A perfeição – nosso destino.
Assim, paulatinamente, nos habilitaremos a superar a influência dos “deuses” submetendo-nos aos abençoados desígnios de Deus.
Do Livro "Luzes no Caminho"
Não obstante, são atribuídos à sua lavra os dois maiores poemas épicos da antiga Grécia:
A Ilíada, que exalta as proezas do herói Aquiles, na última etapa da guerra de Tróia.
A Odisséia, que narra as aventuras de Ulisses, rei de Ítaca, marido de Penélope.
Trata-se, como o leitor já percebeu, de Homero, o poeta supostamente cego que teria vivido no século IX a.C.
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Em Revista Espírita, novembro de 1860, Allan Kardec reporta-se a uma comunicação mediúnica assinada por Homero.
O poeta se identificou dando informações relacionadas com sua infância em Mélès, razão pela qual era chamado Mélèsigène, fato que Kardec desconhecia e que confirmou depois.
O médium era de poucas letras e não tinha nenhum conhecimento a respeito do autor da mensagem.
São detalhes importantes para autenticar a manifestação.
Kardec indagou se os poemas, como os conhecemos hoje, são fiéis aos originais.
– Foram trabalhados – informou Homero.
Bem de acordo com as pesquisas atuais.
Supõe-se que, originariamente, os dois poemas pertenceram à tradição oral. Isso implicava em alterações freqüentes, não apenas quanto à forma, mas ao próprio conteúdo, na base do velho “quem conta um conto aumenta um ponto”, até que se fixassem os textos definitivos.
Apesar desses senões, a figura de Homero ganha consistência na força daqueles poemas, que se apresentam como vigoroso panorama da cultura helênica.
Destaque-se dois aspectos fundamentais:
Primeiro, a visão antropomórfica.
Os deuses são situados como seres caprichosos que, inspirados em paixões e desejos, interferem freqüentemente nas ações humanas.
A própria guerra de Tróia, que serve de cenário para A Ilíada, teve início por causa de uma disputa entre as deusas Hera, Afrodite e Atena, a saber qual a mais bela.
O príncipe Páris foi chamado a decidir. Escolheu Afrodite, que o seduziu com a promessa de que lhe daria por recompensa a mais bela mulher do mundo.
A deusa não teve nenhum constrangimento em relação a pequeno detalhe: a prometida era casada, esposa de Menelau, rei de Esparta.
Com suas artes Afrodite ajudou Páris a raptar Helena.
Liderando a reação dos gregos, Menelau iniciou a guerra para resgatar a rainha.
O outro aspecto diz respeito à instabilidade de suas personagens lendárias, em contraditório comportamento:
De um lado, ideais de nobreza, inspirando ações heróicas e meritórias.
De outro, fraquezas a se exprimirem em ódios e paixões, capazes de gerar ações torpes e más.
A narrativa de Homero transcende a cultura helênica, reportando-se à própria humanidade, com suas virtudes e mazelas.
Como sempre acontece em relação à cultura grega, temos nos dois poemas épicos uma representação mitológica da realidade.
O Olimpo, monte grego nas proximidades do golfo de Salonica, seria a morada dos deuses.
O mundo espiritual é bem mais amplo.
Projeta-se em outra dimensão, que interpenetra a nossa, colocando-nos em contato permanente com seres espirituais que, à semelhança dos deuses, nos observam, acompanham, inspiram e influenciam.
Somos, não raro, joguetes de Espíritos que, qual o faziam os habitantes do Olimpo, imiscuem-se em nossos pensamentos, ações e iniciativas, exercitando seus caprichos e explorando nossas fraquezas.
Sob sua ação, de acordo com nossas tendências, revelamos indesejável ciclotimia, alternando bons e maus momentos, boas e má ações, pensamentos virtuosos e viciosos, ao sabor das circunstâncias, como as personagens mitológicas.
Mas os próprios deuses sabiam que acima de seus caprichos estava um poder supremo, que chamavam destino, a cujos desígnios não podiam furtar-se.
O destino exprime a vontade de Deus, Senhor da Vida, o pai de amor e misericórdia revelado por Jesus.
O Criador tem objetivos bem definidos a nosso respeito, que vamos conhecendo na medida em que amadurecemos.
Nesse mister, algo já sabemos:
• A Terra – nossa escola.
• A dor – nossa mestra.
• As dificuldades – nossos estímulos.
• Os problemas – nossos desafios.
• O Bem – nosso caminho.
• O mal – nosso desvio.
• A perfeição – nosso destino.
Assim, paulatinamente, nos habilitaremos a superar a influência dos “deuses” submetendo-nos aos abençoados desígnios de Deus.
Do Livro "Luzes no Caminho"
Por: Richard Simonetti